BIOFLUXO
o livro de todas as cores





..................................

oriundo da intenção sincera de todos os seres vivos para com o planeta Terra

..................................

..................................

. aracema .
. 2008 .

..................................


um livro dedicado à vida
..................................
1. biofluxo
2. vida livre
3. v.i.v.a.
4. princípio harmônico
5. o planeta terra sou eu também!
6. a idade vital
..................................






..................................


1. Biofluxo

do grego βιος - bios = vida
do latim fluxus = fluxo
Fluxo da vida. Vida em fluxo. A totalidade da vida expressa pelas galáxias, sistemas solares, planetas e seus organismos constituintes. Correspondente do conceito de Ki 氣, e pranas, do sânscrito; que denotam as energias vitais.

Biofluxo somos nós, as seivas das árvores e a gravitação universal. São minhas células, os nossos átomos, os vazios. Sou biofluxo como o são os pássaros em seus vôos e a água em seu pulsar. Biofluxo é a vida em sua fluência eterna, a inspiração e expiração cíclica cósmica, os gradativos proporcionais complementares existenciais, suas matrizes e gráficos, a lógica física, a descrição matemático-geométrica alinhada em totalidade com os sopros e ventos dos sentimentos, intuições e energias. Biofluxo é a vida nela mesma, em seu pulso-fluir e está contido na esfera de entendimentos da Idade Vital.
A Idade Vital origina-se pela conjunção entre as teóricas divisões racionalistas entre filosofia e física, física e natureza, corpo e mente; e suas correspondentes implicações propostas pelo paradigma filosófico da Modernidade. Logo, a Idade Vital nasce no ápice do processo Moderno ou Hipermoderno.
O entendimento humano regrado pela visão fragmentária – paradigma filosófico moderno; descreveu o ápice de sua parábola de eficiência e está naturalmente se conduzindo ao entendimento pela integração – função vital, ou percepção holística dos seres e da Terra. Este fenômeno descreve sua constância espontânea cíclica desde o princípio do entendimento humano, e, tal qual a respiração universal, possui seus momentos de expansão e contração nesta esfera.
Primordialmente éramos a sensação instintiva pela sobrevivência, nômades, coletivos de seres passivos às intempéries e às determinações da natureza. Evoluímos, mutando de diversas formas, registrando nossos pensamentos e descobertas, engenhando tecnologias que nos liberassem das tarefas primárias da sobrevivência; fixamo-nos cultivando nosso alimento e o estocando, prevendo as estações climáticas.
Aos poucos, distanciamo-nos destes primários processos atávicos instintivos míticos, promovendo a aproximação intelectual racional objetiva, que culmina seus propósitos via iluminismo e modernidade. O teórico ‘descarte’ do mito e do sensorial em sucessivos momentos históricos conduz as disciplinas do conhecimento a um paradigma de cerebralização das práticas e procedimentos epistemológicos, codificando uma série de premissas que perpassam toda a estrutura do entendimento humano.
Logo, ainda que bem intencionados, acabamos levando ao extremo um tipo de comportamento insalubre para a existência, o que coloca-nos à margem de questões essenciais para a sobrevivência de nossa espécie, uma vez que a vida em si segue o seu eterno curso evolutivo, gerando e mutando para novas formas de existir, mais adequadas às condições ambientais do porvir. Ainda assim, há de se perceber que desenvolvemos fantásticas tecnologias sob este paradigma, e que as ótimas intenções aí presentes serão logo conduzidas à sua compreensão.
Percebemos então a efetiva importância de todos os processos sócio-históricos vivenciados até o momento, sendo que o biofluxo comporta a realização simultânea dos vários modelos sociais que melhor se alinhem à diversidade das índoles dos variados coletivos de seres. Surgem daí ainda, novas formas de organização social, dinâmicas, a partir da possibilidade de criação e expansão das formas pré-definidas para outras, que constantemente se alinham à vida presente, ou a vida em seu estar sendo.
A potencialidade criativa tão peculiar à espécie humana pode então ser unificada à vontade de harmonização e preservação da vida, donde produzimos então as tecnologias de índole vital-harmônica, objetivando o ótimo existir dos seres pela Terra. Assim sendo, apontamos para a resultante integral destas variáveis históricas, que é o Biofluxo, intenção libertária e de harmonização, inscrita na esfera de premissas da Idade Vital.
O Biofluxo é a lógica percepção da integração das partes razão, emoção, intuição e conservação vital; que, de modo algum são categorias excludentes, mas variáveis constantes da mesma e única equação.
Biofluxo descreve então o princípio de harmonização da esfera terrestre a partir da percepção da evidente unidade entre os seres e a Terra. Forma de organização social de intenção pós-moderna – ou da idade vital - voltada à conservação e continuidade da vida no planeta, promovendo a cooperação mútua global na sociedade planetária.
O Biofluxo nos leva a compreender a total relevância de todos os seres vivos formadores da existência neste planeta, e assim o papel de nossa espécie, que nele se desenvolve e habita. Neste sentido, somos levados a refletir acerca dos aparentes extremos tecnologia e natureza, que, a um olhar mais atento, demonstram evidente coesão.
Isto se observa facilmente quando percebemos que a borracha, presente nos produtos industriais, é extraída a partir do refinamento do petróleo; ou que alguns metais, como o aço utilizado na tecnologia moderna, tem como composto básico o mesmo ferro que circula em nosso sangue.
Ou seja, a natureza expressa em si e em todos os seus seres o seu próprio desenvolver tecnológico. O ser humano é natureza também, bem como suas realizações sobre a Terra. Da mesma forma que uma teia de aranha é natureza, ou a casa do João-de-barro; também o é uma estrutura metálica ou este livro, impresso em papel processado em folhas que foram confeccionadas a partir de certas árvores, e com tintas fabricadas a partir de elementos químicos extraídos por agentes de transformação da Terra – como nós, os seres humanos.
Após os vários processos históricos de nossa relação com a natureza, buscamos neste ponto da trajetória da vida no planeta, a percepção da espontânea conjugação harmônica entre as partes deste todo vivo. Toda forma de existir percola toda a vida cósmica em um processo de simultaneidade eterna. Atingimos então o nível de simbiose global espontânea, ou instintiva, - em que cada ser demonstra a intensidade de sua relevância e participação na fluência harmônica da vida. Percebemos então a expressão do Biofluxo no planeta.
O princípio de conservação da vida vai se aprofundando neste ponto, onde podemos imaginar que a correlação entre todas as espécies se fundamenta na continuidade de todas. Sentimos assim o planeta vivo e organizado para a harmonização da vida. Nós seres humanos também somos a vida se manifestando em suas formas possíveis e também compartilhamos deste equilíbrio natural. Até aquilo que chamamos lixo, ou se trata de matéria orgânica primária que nutre a terra, ou é matéria orgânica secundária, pois processada pelos seres humanos – devendo, portanto, ser reciclada por nós. Mas, percebamos que se tratam sempre de matérias deste planeta, portanto, orgânicas.
Como pode haver algo como o inorgânico, se todos os elementos são extraídos deste único e mesmo planeta?
Esta aproximação epistemológica abdica da fragmentação entre formas de existir e estimula a percepção total da vida em suas infinitas trocas. O medo da natureza fez com que construíssemos cômodos para nos guardarmos, e, guardamo-nos tanto que chegamos até mesmo a esquecer nossa conexão básica com o planeta. Perdemos aí o sentido da vida, criamos angústias, pois uma vez no cárcere, adoecemos. A reaproximação dos seres com a natureza, com seus instintos, com a fluência energética nutritiva do sol a Terra e da Terra ao sol, sana carências e medos, completa e dá sentido ao existir.
A vida é e sempre será aquilo que todos temos de mais valioso, sendo a sua conservação essencial. A partir desta percepção podemos sentir que o planeta como um todo é fundamental para nossa espécie, pois habitamos e nascemos deste organismo vivo que chamamos de Terra.
Com este olhar renovado podemos mergulhar nos desafios que agora se colocam para a humanidade, dado que os fatores eco-vitais impactam as intenções das posturas desgastantes de propagação tecnológica. A continuidade da vida, então, se manifesta em conjunto com a tecnologia, pois a vida é tecnologia, e a sua preservação é um desafio complicado, contudo inadiável.
Nós, agentes de transformação, desfrute e conservação deste planeta vivo, como qualquer forma de manifestação viva que aqui habita, transformamos continuamente a Terra. Logo, cabe a nós sintonizarmos nossas prioridades, promovendo a simbiose entre as espécies, aproximando-nos assim de uma evolução importante de nosso entendimento de relação social. Ela concretiza-se na unificação para a melhor convivência, transformação, descobertas, divertimentos e criações. Este simples deixar viver gera frutos de continuidade para o planeta e de equilíbrio para a preservação. Podemos nos relacionar efetivamente com as outras espécies e a Terra, percebendo-nos mutuamente como um todo vivo em cooperação, unificando a vida em prol da vida.
..................................
2. Vida Livre
Vida Livre é a primeira intenção fundamental do Biofluxo, e trata de percebermos as múltiplas manifestações da vida com profundo respeito e amor. Os seres de todas as espécies sentem e se expressam como nós e demandam dignas condições para sobrevivência.
Neste ponto da evolução humana na Terra atentamos para o sofrimento que estamos impondo às demais espécies, nos mais diversos reinos biológicos. Se nossas práticas sociais são de sofrimento e dor e as infligimos em grande quantidade de vidas, reproduzimos estas angústias em nossos padrões de comportamento social, vivendo em situações de sofrimento, depressão e cárcere.
A Vida Livre preocupa-se com o bem-estar espontâneo da vida, que nasce livre, não devendo ser encarcerada, pois o cárcere é uma distorção hedionda da harmonia da existência. Sentimos então estas vidas todas integradas ao nosso próprio existir e constatamos que ao abdicarmos de incutir sofrimento, deixamos também, enquanto espécie, de sofrer coletivamente os efeitos diretos de nossos atos.
Chegamos, neste ponto, ao código dos direitos vitais, que amplia os entendimentos contidos no código dos direito humanos, estendendo-o à vida terrestre. Estimula, portanto, a libertação de todas as formas de vida que por ventura estejam sob condição de cárcere, escravatura ou dor. Esta intenção encerra uma percepção apurada e sensível em relação aos seres que nos cercam e que também somos nós, pois integram a totalidade da Terra. As demandas por vida livre são várias e advém principalmente das esferas descritas a seguir.
A primeira se refere à libertação das espécies escravizadas pelos seres humanos dos processos de industrialização, cárcere, tortura e morte. Extinção progressiva dos campos de concentração animal e do processo de industrialização da vida. Todas as espécies são dignas e senscientes, possuindo o direito à vida e ao bem-estar no planeta.
Preservação da cadeia alimentar espontânea e por conseguinte do equilíbrio dos ecossistemas. O conceito de vida livre objetiva a apurar a percepção humana – principal espécie agente de transformação da Terra-, acerca da já existente simbiose e harmonia entre os seres e o planeta.
Esta primeira instância de libertação alivia tanto o processo de dor das espécies quanto a utilização dos recursos naturais pelos seres humanos para o suprimento de alimentação dos animais em cárcere.
Logo, a partir da Vida Livre detemos o sofrimento das espécies industrializadas e, por conseguinte, da espécie humana, haja vista que uma rede alimentar harmônica nutre todos os seres vivos da Terra, através de uma simbiose vital dos meios de produção alimentícios.
Neste sentido, a segunda libertação se refere aos seres humanos e suas supostas necessidades (do latim, nec-não, essere-ser, ou seja, a negação de ser) advindas dos nossos padrões sócio-históricos de alimentação e consumo (padrões de status sociais). As carências nutritivas dos seres humanos são facilmente supridas pelos grãos e frutos da terra, que fornecem o alimento mais energético e apropriado para o ótimo funcionamento dos nossos corpos.
Os vegetais são seres autotróficos, ou seja, que produzem seu próprio alimento. Este alimento é produzido a partir da fotossíntese, ou síntese da luz, que transforma energia solar em alimento.
Nós, humanos, heterotróficos, ao consumirmos um vegetal estamos assimilando um alimento pleno em fluxo de energia – medido pela grandeza física joule/m², que pertence ao nível trófico dos produtores primários. Quando um animal se alimenta de uma planta está consumindo parte deste fluxo energia; logo, ao nos alimentarmos do corpo deste animal, estamos perdendo parte importante da energia nutritiva.
A nutrição dos seres terrestres a partir dos produtores primários – repletos em fluxo de energia – produz efeitos benéficos na estrutura corpórea humana, mais apropriada ao comportamento herbívoro. Assim, ao nos alimentarmos de um vegetal – por onde circulam água, luz e nutrientes, estamos consumindo uma faísca de luz e energia, o que leva ao ser humano, em sua totalidade mente-corpo, à saúde.
Atenua-se então a postura de nutrição a partir de alimentos de baixa energia para outra, voltada a parâmetros de saúde, a partir de alimentos plenamente energizados.
A libertação da vida humana das imposições sócio-históricas relativas à alimentação liberta conseqüentemente os seres de um processo de envelhecimento acompanhado de muitos remédios e inconvenientes. A opção herbívora garante ainda a silhueta saudável, ativa e em fluxo, pois tem como efeito um organismo mais leve, o sangue mais fluido pela menor quantidade de gorduras e o ciclo digestivo regulado naturalmente.
Uma vez que o corpo está sendo o conjunto do que estamos consumindo energeticamente, ao ingerirmos a luz processada pelas plantas, ao invés de fluidos corpóreos e carcaças animais, repletos de hormônios nocivos, dor e angústia; mudamos até mesmo a qualidade dos pensamentos e das situações que atraímos para nós, segundo a freqüência de vibração energética de nosso ser nos sucessivos instantes do existir.

..................................

3. V.I.V.A. - você inventa e vota ativamente

A segunda intenção fundamental do biofluxo caracteriza-se pela pertinência de nossa participação no contexto de organização social do planeta. Esta intenção acontece quando exercemos nossa cidadania, dado que já possuímos o direito constitucional à cidadania.
V.I.V.A é uma sigla que denomina o espaço de efetivação de nossa cidadania e significa: V – você – I – inventa – V – e vota – A – ativamente, e realiza-se pelo conjunto de ferramentas de união ou expressão dos seres vivos, pois neste espaço, os cidadãos da Terra podem, em conjunto, cumprir a função hoje encerrada pelo modelo político de representação mediada-figurativa, em que os seres autorizam um grupo de seres a representar seus interesses.
O V.I.V.A. se caracteriza por ser um modelo de representação direta-objetiva, uma vez que o conjunto de intenções pertinentes ao planeta é criado e votado diretamente por cada ser terrestre. Sua estrutura básica de legislação e abrangência se organiza da seguinte forma: o cidadão em si em primeira instância, representando seus interesses enquanto integrante vital do ser Terra diretamente; as comunidades orgânicas em segunda instância, agrupando os interesses de seres de residência próxima; a terceira, a das biorregiões; a quarta, a instância continental, e a quinta instância, a global.
Isto significa que os cidadãos unidos no exercício da legislação estabelecem suas metas de convivência, elaboração e conservação dos espaços ao nível de comunidade orgânica, determinando padrões básicos e aproximando seres de mesma intenção ou índole em objetivos comuns. Assim cada comunidade orgânica maneja seus recursos em favor da conservação e da plena utilidade pública de seus espaços de convivência.
O V.I.V.A é um espaço virtual em que podemos expressar nossa vontade e inspira-se na incrível capacidade de união dos seres disponibilizada pela internet. Por exemplo: Iracema percebe que está faltando uma manilha para a drenagem correta de sua rua. Ela acessa o V.I.V.A. e estipula esta carência. Outros moradores percebem a pertinência desta observação e votam na solicitação de Iracema. Logo, por determinação dos cidadãos no V.I.V.A., a manilha será instalada pela célula de engenharia presente nesta comunidade orgânica.
Por sua vez, a célula de engenharia percebe a necessidade de uma revitalização em um córrego próximo, que tange à instância da biorregião, e assim por diante. Neste sentido, percebemos nos mecanismos de petição on-line atuantes no início do século XXI algo que demonstra o princípio do V.I.V.A, nascendo de forma espontânea na sociedade.
Cada cidadão do mundo vivencia sua sensorialidade apurada para com o mundo, sentindo-o, percebendo-o e atuando de modo a melhorá-lo para a harmoniosa fluência da vida.
A pertinência de cada requisição ou demanda é avaliada pela totalidade dos seres interessados na mesma. Deste modo não é possível a imposição de uma vontade singular à esfera plural, mas sim será possível exercer a vontade da esfera plural em ambientes singulares. Ou seja: a intenção coletiva deriva dos interesses individuais, mas implementa-se a partir da concordância coletiva vital.
Da mesma forma, os ofícios acontecerão animados pela premissa de cooperação profissional mútua global, de modo a levar o melhor da tecnologia humana a todos os seres da Terra, em quaisquer âmbitos.
Muitos ofícios insalubres podem ser extintos, estimulando-se a pesquisa tecnológica para a isenção humana de serviços repetitivos, desgastantes ou ausentes de estímulo criativo.
Ao mesmo tempo, todo este recurso humano instrumentalizado por ora em funções mais adequadas às máquinas pode ser liberado para o exercício do desenvolvimento dos ofícios inventivos tão necessários ao pleno desenvolver da vida na Terra.
Lembremos ainda que, com o advento da Vida Livre, progressivamente vai ocorrendo uma conseqüente aproximação entre seres de várias espécies – o que já ocorre em nossa relação com nossos animais domésticos.
Podemos entendê-los e os sentir perfeitamente em suas demandas, por meio de suas tão específicas manifestações. Isto aponta para a possibilidade de que as várias espécies também efetuem sua participação social por meio de gestos, sonidos, como já o fazem. É urgente neste sentido, como comentamos anteriormente, a extensão do código dos direitos humanos a todos os seres terrestres, tornando-se então o código dos direitos vitais.
Essa ferramenta também é fundamental para a evolução mental de nossa espécie, pois as leis não serão fixas e sim dinâmicas, e cabe a cada cidadão saber de sua necessidade e de seus conterrâneos, para poder viver em um ambiente sadio e desenvolvido.
Torna-se interesse de cada pessoa a lei que rege os locais por onde transita. Utilizando as ferramentas de comunicação social você poderá saber quais os produtos e horários próprios àquele local. Visto que temos várias vontades, por exemplo, o gosto por consumo de certo produto alimentício, ou um tipo de tecido, pode-se especificar o que se produz em certas comunidades, ou onde se permite ou não o consumo de determinado produto ou até qual forma de união conjugal é permitida.
Temos a necessidade por certos processos de produção social, então cabe a cada um estar informado sobre onde se realiza este tipo de produção e ir participar. As participações sociais podem ocorrer no próprio local onde você já habitava ou ser em outro espaço geográfico.
O mais recomendável é a circulação de pessoas, o fluxo da vida pela Terra. Mais adiante escreveremos sobre o transporte multiveicular e os mercados-terminais ou rótulas comerciais, que são espaços voltados para a circulação de profissionais e exposição de produtos para a facilidade de manutenção de suprimentos - matérias-primas, serviços e produtos - em geral.
O V.I.V.A. se caracteriza por intermediar as relações entre os seres vivos e seus entornos sociais, para o melhor desenvolver e melhoramento de seus espaços para a continuação e conservação da vida. Nele é possível estabelecer as prioridades sociais como saneamento, educação e suficiência de alimentos e tecnologia para cada ser vivo deste planeta. Esta ferramenta possibilita a união global política, de recursos humanos, matérias-primas, de bens de consumo, de tecnologias e de conhecimento terrestre.
Haja vista que cada país do mundo já contribui com o melhor de sua produção, inserindo-a na lógica capitalista, estas mesmas produções podem ser oferecidas como suprimentos logicamente distribuídos entre as partes do planeta.
Este raciocínio parte da cooperação entre vizinhos que partilham laranjas de uma árvore, até biorregiões que compartilham material para a realização dos produtos consumidos, suprindo as necessidades umas das outras, ampliando para as relações continentais até o nível global.
Por exemplo: Raul colheu maçãs naquela manhã, levou algumas para si e deixou o restante em uma cesta em sua porta. Um vizinho que trazia trigo da rótula comercial próxima, passou por ali, levou as maçãs e fez várias tortas naquele dia. Dali cada uma delas seguiu seu trajeto de partilha com outras pessoas de sua vizinhança, e assim por diante.
O planeta é um ser vivo que tem como instinto principal sua conservação e auto-regulação, percebemos a estreita conexão entre todas as variáveis deste organismo complexo.
Deste modo, fica evidente que existem lugares viáveis geograficamente ou ambientalmente para a construção de fábricas e indústrias sadias, pois estes lugares, se em harmonia com a vida, são essenciais para a Terra sob diversos aspectos.
Apura-se então a relação entre os seres vivos e suas vontades, pois a partir da expressão de uma vontade de muitas pessoas ou da busca pelo aprimoramento de certo serviço ou produto que não possa ser produzido, ou efetivado em determinada região, pode-se então no V.I.V.A., levar tais demandas até sua efetivação, tornando as relações humanas mais dinâmicas e pontuais na solução dos problemas mundiais, visto que estamos todos interligados por um planeta só, um único ser vivo, todos juntos, a Terra.
A dinâmica do biofluxo leva ao desapego material, pois possibilita que cada um esteja onde melhor se sinta em relação às leis locais, ou com a infra-estrutura, ou produtos que circulam na região. Isso permite que os seres vivos colaborem organicamente para a conclusão de cada função vital requisitada pela Terra.
Todos os seres fluem pelo planeta contribuindo de forma plural para o exercício de várias funções, de acordo com sua disposição diária. Assim não somos instrumentalizados por nenhuma função específica, a não ser a da conservação vital, mas aproveitamos o melhor que a relação de conhecimento entre os seres pode oferecer.
Enfatizamos o educar socialmente a partir de formas harmônicas e isentas de sofrimento. As escolas são espaços de convivência dos mais jovens que ao descobrir o mundo e entendê-lo compreendem também suas múltiplas índoles, buscando eles mesmos a realização de verificações da eficácia de seus conhecimentos.
Neste contexto é de imensa importância a liberdade intelectual para o estímulo da participação plural de cada ser terrestre na amplitude de funções vitais existentes. O processo de descobrimento social interessado potencializa invenção das tecnologias vitais ao fluir terrestre.
O adensamento dos conhecimentos em suas especificidades é realizado pelo núcleo intelectual plural dedicado à solução de uma certa instância social. Os espaços podem ser empresas, laboratórios, indústrias, ou outras formas ainda; a intenção principal é a de que os meios de criação estejam para o bem estar da vida terrestre, sendo eles próprios os espaços educacionais onde a participação é de livre acesso aos interessados, contando com núcleos intelectuais dinâmicos, formados a partir da participação por livre vontade de seus integrantes.
Neste âmbito, o estímulo social ao conhecimento é intenso, de modo que as admirações sociais se voltam àqueles que promovem a plural manifestação da vida na Terra.
A ciência, portanto, está sendo em todos seres que pesquisam o planeta integralmente, regulando ênfases em assuntos determinados. A relação epistemológica é de integração, percebendo o objeto, ou fenômeno, e o ser que o interpreta como partes do mesmo ser total.
Logo a intuição, sensorialidade, sabedoria coletiva cósmica, estarão sempre presentes como dados do material empírico. Neste sentido, o pesquisador é também o material empírico que se pesquisa durante a ação de pesquisar. Percebemos que a ciência ocorre espontaneamente na natureza, haja vista a complexa engenharia do próprio corpo humano, ou aquela presente nas teias dos aracnídeos, ou no ninho espontâneo de uma cachorra prenha no mato. Inspiramo-nos então pela ciência intuitiva, detectando as tecnologias em coerência conosco e com o meio vivo que habitamos.
O ponto central é que as polaridades ou extremos dicotômicos existem como infinitos intangíveis em sua plena essência, mas que se nos apresentam sempre em conjunto, enquanto uma totalidade fluida, integralizada a partir das complementares gradações destes extremos, em relação de proporcionalidade variável. Logo, a conjunção entre a epistemologia moderna e procedimentos sensoriais intuitivo-instintivos levam à relação epistemológica vital.

..................................

4. O Princípio Harmônico
A terceira intenção fundamental do Biofluxo é o princípio harmônico. Ele é a premissa básica de organização social e da economia global, e como a denominação expressa, busca a relação harmônica entre as células-seres terrestres.
A harmonia é uma qualidade que já percebemos expressa na galáxia, desde as proporções da espiral da árvore da vida (via-láctea) e dos sistemas solares até o suave mecanismo de asas duplas que impulsiona o vôo das borboletas. Logo, a evolução social a partir da economia harmônica propulsa a qualidade das relações entre os seres, pois extingue a competição predatória definida pelas necessidades (negações de ser) postas pelo capitalismo.
Busca, portanto, a inversão do centro de gravidade da relação de valor, a partir do privilégio da vida em detrimento das coisas.
Ora, se por muito tempo o valor – ou poder econômico – de cada ser ou grupo de seres esteve mensurado pelas matérias-primas, produtos daí oriundos, serviços ou tecnologias, ou seja, pelas coisas geradas a partir dos seres; invertendo-se a ótica chegamos a uma lógica em que este “poder econômico” torna-se “função vital”, recorrendo à plena valorização da vida em seus desdobramentos de cooperação criativo-produtiva pelo planeta, transferindo o valor das coisas para os seres que as produzem e/ou consomem os produtos, bens ou tecnologia.
A economia harmônica percebe que todos os seres já estão interligados em uma rede de trocas, sendo impossível parar este rede. Logo, a produção de cada ser do planeta soma-se a uma rede de cooperação mútua global, sinérgica, que garante a todos os seres da Terra acesso aos bens ou serviços que nela existam.
Estimulamos então a pesquisa de tecnologias que possam substituir os trabalhos de repetição ou estacionários, tornando possível garantir o pleno fluxo da energia vital e inventiva em todos os seres que assim preferirem.
O manejo dos recursos naturais deixa de seguir os ímpetos do falso mercado, para, naturalmente suprir as carências dos seres do planeta. A necessidade então por volumes tão grandes de alimentos é aliviada, pois é possível obter da Terra as quantidades coerentes para nossa existência harmônica comum.
Assim, uma vez que adotamos a harmonia pela sobrevivência e continuidade da vida, tornamos possível então que os seres humanos dediquem-se ao exercício daquelas atividades criadoras que melhor expressam a índole humana em harmonia consigo e com o Cosmo.
O princípio harmônico afirma que os seres terrestres contribuem com o melhor de si para o planeta e assim são supridos por outros seres com tudo aquilo de que carecem, em termos de matérias-primas, produtos, serviços e tecnologias.
Uma vez que todos nós já cumprimos nossas funções dentro da lógica capitalista, em que não partilhamos, mas adquirimos produtos e serviços por meio do dinheiro como elemento de troca, então podemos perfeitamente harmonizar toda esta produção entre os cooperadores terrestres, transformando o elemento de troca físico em psíquico.
A instituição do dinheiro como meio de troca teve sua válida função em nosso desenvolver, contudo pode ser reavaliada a partir da evolução social para a cooperação, evitando-se assim o desgaste vão da estrutura planetária que gera a vida e ulteriormente é condição indispensável para a existência humana.
A partir desta premissa podemos sintetizar nossa produção a fim de suprir a carência social ao invés de proceder ao acúmulo do fictício elemento de troca, que em última instância ou são papéis ou plásticos fatigados pelas gorduras das mãos ou prismas circulares de metais gelados de utilidade duvidosa. Encerram talvez maior curiosidade artística e histórica.
As constatadas precisões efetivas da humanidade se referem à nutrição dos seres, no amplo sentido que a palavra exprime: amorosidade nas inter-relações; suprimentos bioenergéticos; ações de conhecimento, criatividade e expansão de nossas extensas potencialidades; convivência harmônica individual e coletiva.
Assim sendo desfrutamos de serviços, bens e produtos em geral de maneira suficiente, em atitude de solene respeito e amor ao conjunto dos elementos terrestres. Visto que as trocas de serviços, tecnologia e produtos realizam-se pela capacidade de intercomunicação com os mercados-terminais e seus destinos consumidores, estas quantidades serão mensuradas em nível de comunidade orgânica, em sua ampla diversidade de suprimentos e estes dados de consumo serão o estímulo e meta única da produção.
A rede de cooperação no contexto de uma comunidade orgânica, biorregião, país, continente ou para o planeta, viabiliza o trânsito de matérias, conhecimento ou serviços básicos para conforto da vida próxima.
O princípio harmônico, portanto, está expresso em cada cidadão, comunidade, biorregião, continentes e suas recíprocas e complementares conexões. Estas ligações essenciais apontam para a importância de se ter redes de veículos para interligar os mercados-terminais, possibilitando a fluência de matérias, pessoas, conhecimentos e serviços, configurando pontos de síntese ou encontro que estimulam a pluralidade destes recursos. Expressa-se, sobretudo na comunicação e ação eficiente no contexto mundial para a continuidade e conservação da vida.
Todos os seres da Terra são a Terra também, logo não é possível que espaços geográficos de terra pertençam a alguém em específico. Neste sentido, a Terra é/são todos e não pertence a ninguém.
Podemos então refletir quais são as estruturas fundamentais para o planeta e sua continuidade, quais são as matérias-primas mais abundantes e com o menor índice de impacto ambiental. É possível então sentir coletivamente quais são os indicativos vitais do planeta para nossa coerente intervenção, usufruto e conservação.
Se todos juntos somos a Terra, passamos a sentir o pulso da vida integrada em nós e então a sintonia perfeita do equilíbrio vital da Terra e de nosso particular equilíbrio enquanto espécie-célula do planeta. Desperta assim em cada ser o sentido de sua participação no ciclo da vida, seja este qual for.
Atingimos então um estado de presença consciente, em que a moderna separação entre corpo e mente chega à unificação em um ser total, capaz de integrar objetivamente as instâncias intelecto, sensorialidade e intuição-instinto em seu estar sendo e em suas ações. Estar presente significa acessar diretamente a si mesmo em sua natural conjuntura com o planeta e seus seres, percebendo assim no outro, eu mesmo.
Alinhamos, neste ponto, nossas vontades existenciais com as demandas de sobrevivência da Terra, harmonizando nossas ações de transformação à preservação da vida do planeta, portanto de nossa própria vida.
A harmonização das relações sociais aponta para a percepção da artificialidade dos processos desarmônicos, uma vez que a harmonia se evidencia como característica espontânea da existência.
Por exemplo: visto que a maior parte da população mundial conhece certo produto, bem ou serviço, a partir das propagandas da mídia, então estas se propõem a serem informativas quanto às novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas, ou a princípios básicos para um conviver mais sadio, estimulando a sabedoria e a preservação global.
Os recursos do subsistir como água, energia elétrica, saneamento, educação, saúde, lazer, e conforto, se colocam em relação de harmonia vital com o espaço que vivemos, pois descentralizamos ao máximo os fornecimentos, buscando a auto-suficiência das células, a fim de evitar a construção de grandes mecanismos, que ocupam muito espaço, desmatam e impactam a saúde terrestre, portanto a nós mesmos.
Logo, os comportamentos sociais acontecem em esferas escalares que partem de nossas habitações, passando pelas comunidades orgânicas, biorregiões e continentes até o planeta como um todo.
A dinâmica de existência dos espaços é constituída segundo as formas de vida que lá estão sendo. Começa então a transparecer no desenvolver da sociedade terrestre a inversão da vontade de lucro em vontade de continuidade e harmonização da vida.
Isto nos leva à margem de um profundo oceano de mudanças nos paradigmas sociais. Visto que não existem mais necessidades (do latim, nec-não, essere-ser, ou seja, a negação de ser), tampouco seres infelicitados pelas dinâmicas sociais, não há motivos para nos guardarmos tanto em habitações fixas, sendo que podemos fluir durante nossa vida por toda a Terra.
A propriedade dos espaços físicos não é mais necessária e todos estão aptos a partilhar o infinito do planeta e do Cosmo. Aí então ‘abriremos janelas e portas’ e conheceremos uns aos outros em manhãs ensolaradas de cooperação.
Programas utilitários celulares recebem informações das demandas de consumo por meio de chips ou códigos de barras. Os seres levam o que precisam, dispõe aquilo que tem a oferecer, procedendo à manutenção da harmonia entre produção e consumo.
Este sentimento é inerente agora aos seres vivos, pois aplicamos todo o recurso humano interessado à criação e podemos, através de máquinas, garantir que saibamos exatamente o que se consome e o que se produz. As demandas são percebidas, e, utilizando o V.I.V.A. pode-se ir ao encontro de seu suprimento.
Como podemos perceber, a conjunção da Vida Livre, do V.I.V.A. e do Princípio Harmônico leva ao planeta a ouvir o pulso de seu próprio existir, ou da natureza espontânea da existência. Novas dinâmicas sociais levam à mudança de paradigmas no convívio dos seres e a Terra e os seres terrestres estarão então aptos a dialogar com o multiverso.

..................................

5. A Terra sou eu também!
Biofluxo é a vida em fluxo unida pela autopreservação e continuidade da existência da espécie humana na Terra. A vida, linda, imensa: terra, ar, água, lua, estrelas, sol e céu.
Agora descreveremos de maneira breve como os mecanismos básicos de fluência social funcionam, iniciando pela caracterização das células-habitação e a busca da máxima auto-suficiência em recursos. Isto ocorre de acordo com a posição geográfica da biorregião em que se encontra, e que possui suficiência ou contribui com certo tipo de serviço, produto ou tecnologia.
As casas possuem dispositivos de captura de energia solar, águas pluviais ou poços; gerando sua própria energia e água para consumo, na medida do possível; estando também interligada à rede principal, que opera de modo a complementar possíveis carências. Ainda, a reciclagem das águas alimenta os jardins, que buscam conter o básico em medicinas e folhas frescas para a nutrição de seus habitantes.
Assim a necessidade por grandes estruturas centralizadas é atenuada, sendo a existência destas reduzida apenas a fim de suprir casos especiais ou de emergências e também ocasionada para transito de pessoas e mercadorias nos denominados mercados-terminais. Todas as vias de comunicação são de acesso livre a todas as habitações.
Ações simples de engenharia podem melhorar a fluência dos seres pela Terra. As células-habitação podem ser singulares ou plurais, segundo a preferência das pessoas de estarem fixas ou em fluência pela Terra em dado momento de sua existência.
A célula de engenharia encarrega-se do estudo e manutenção das habitações a fim de aprimorar coerentemente a funcionalidade tecnológico-energética (ambiental) dos seres pelos espaços. Liberados das falsas ocupações das necessidades, cada um poderá dedicar-se às atividades de vivência, estudo e especialização nos assuntos que assim preferirem.
Os recursos que não puderem ser produzidos em nível local, chegam pelas linhas pessoais, que conduzem produtos, serviços e tecnologias às comunidades orgânicas em fluência de pequeno porte. As linhas de suprimento dividem-se em linhas pessoais – que conectam comunidades orgânicas e estas ao armazém biorregional; as linhas plurais – que podem ser de pequeno, médio e grande porte de acordo com a contingência local e que conectam biorregiões; e as linhas diretas, exclusivas das indústrias e que movimentam grandes quantidades de recursos entre biorregiões e continentes. As linhas de transporte buscam na medida do possível a auto-suficiência energética a partir da captação solar.
Estas linhas harmonizam-se como veias e artérias de circulação nutritiva do planeta, variando dimensões e capacidades de acordo com as demandas regionais. Transportam pessoas, tecnologias e nutrição, bem como recolhem a matéria processada para a reciclagem. Todos os orgânicos são processados em cada célula-habitação e utilizados como nutrientes para a Terra. As linhas possuem em seu trajeto mercados-terminais que concentram espaços de fornecimento e aquisição de serviços, produtos e tecnologias.
As linhas pessoais são abastecidas de acordo com os sensores e estatísticas dos mercados orgânicos, carregando a quantidade suficiente dos armazéns dos mercados biorregionais, estes abastecidos pelas linhas plurais de pequeno, médio e grande porte, segundo a densidade demográfica local.
As linhas diretas são essencialmente de grande porte: interfaces das indústrias geram a suficiência tecnológica e alimentícia das espécies em fluência proporcional à demanda.
Assim sendo, a fluência de recursos é harmônica e construtiva, de modo que as células de engenharia vão aos poucos implementando, segundo as possibilidades geoclimáticas, pomares e hortas coletivas, ateliês de criação, células-escola; disponibilizando a estrutura de convivência e conhecimento, bem como sua fluência e intercâmbio contínuo com as demais comunidades orgânicas globais.
Interconectamos assim os seres aos seus interesses possíveis, para o pleno desenvolver da vida harmoniosa no planeta Terra, isentando-as da busca diária pelo subsistir, a partir da contribuição espontânea possível de cada ser integrante da Terra conectada em um sistema de cooperação mútua global.

..................................

6. Idade Vital

A Idade Vital sucede a Modernidade, promovendo uma série de mudanças de paradigmas essenciais à continuidade e preservação da vida.
A ciência vital conjuga os procedimentos epistemológicos próprios à investigação racional-empírica aos processos sensoriais-intuitivo-instintivos, de modo que as instâncias mente e corpo unificam-se teoricamente originando premissas epistemológicas que pautam o desenvolver da espécie no planeta a partir do entendimento científico da integração, uma vez que a existência em si já ocorre de forma integralizada.
A qualidade das sensações das quais partilhamos, ou os alimentos que ingerimos como forma de nutrição interferem diretamente na qualidade de nossos pensamentos e ações.
Objetivamente é possível experimentar estas influências, e a espontaneidade da natureza demonstra esta integração. Logo, esta característica vital emerge naturalmente e passa a integralmente compor os métodos pertinentes à obtenção, registro e propagação dos conhecimentos.
O modelo filosófico vital parte da simples premissa de conservação harmoniosa da vida em sua fluência energética terrestre. Daí derivam as mudanças de paradigma na forma de investigação científica ou relação epistemológica.
Vivenciamos assim a quarta transmutação do espírito humano, em que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche em seu livro “Assim falou Zaratustra”, apresenta as três transmutações do espírito humano: camelo, leão e criança. A quarta transmutação do espírito ocorre quando a criança se torna o pássaro, ou o além-do-ser.
Os Pindoramas – habitantes da terra Pindorama, que hoje se chama Brasil, demonstram em seus rituais e hábitos coletivos-cooperativos a forte presença do espírito da ave. Representam esta aproximação em seus adereços com penas e pela íntima comunicação com as aves.
A idade vital carrega, portanto, o espírito global em uníssono com o universo. O pássaro, ou o além-do-ser; simboliza a ampliação de nossa percepção acerca da inter-relação entre específico e geral, após o processo histórico moderno de excessiva verticalização e especificação dos conhecimentos em ínfimas partes, o que, no limite gera alienação deste específico em relação à sua consonância global.
A percepção integrada da fluência do específico ao geral na relação de conhecimento leva à amplitude do entendimento vital. O espírito de cooperação aponta para a socialização simbiótica que nos são demonstradas nos processos de migrações de revoadas e cardumes - em que a liderança e as direções são propostas pelo conjunto e não impostas por uma parte; aponta para a evolução possível do espírito humano, que após ter passado pelas três transmutações - camelo, leão e criança, tem como principal desafio a síntese e conhecimento das fases anteriores para assim desfrutar de uma nova etapa evolutiva na Terra.
O modelo social sócio-democrata naturalmente se está modificando para outro, já não determinado pelas divisões hierárquicas imediatas, e sim pela integralização: o biofluxo é o próprio fluxo da energia terrestre em conexão com o cosmo.
A harmonia é propriedade singular da vida desde o princípio dos tempos até os infinitos dias que se sucedem. Como parte deste processo harmônico percebe-se o fluxo-instinto da vida em sua intenção de continuidade ativar todos seus seres partes para o processo de autopreservação.
O Biofluxo é a expressão espontânea de nosso inconsciente coletivo conectado em busca da sobrevivência. Assim, este ‘modelo social’, a princípio, expande-se para a sinergia planetária, simples e objetiva tal qual é.
A criação de necessidades gerada pelo capitalismo cede espaço à harmonização das relações entre os seres: a cooperação mútua global faz com que todos sejam supridos com aquilo de que carecem contribuindo de acordo com sua disposição diária para a fluência do ser Terra.
Logo o capitalismo gradativamente deixa de ter sentido, dada sua falta de correspondência com as prioridades da preservação das tão singulares espécies do planeta Terra.
Desanuviando esta distorção percebemos a característica espontaneamente harmônica da esfera azul e a essência de nossa existência em uníssono à harmonia universal emerge coerentemente e ao seu tempo. Tal qual uma revoada de pássaros, revezamo-nos de maneira harmônico-intuitiva nos processos de preservação e manutenção de nossos entornos e suprimentos.
Os procedimentos são feitos de forma a impulsionar a criatividade e a realização no planeta de maneira harmônica, sendo que não há mais necessidade em exaurir o solo, o ar e os rios, enfim os recursos naturais. A Terra e a vida que nela habita são o mesmo ser, logo os espaços geográficos e recursos naturais devem abastecer todos os seres proporcionalmente.
A mesma índole vital pauta o modelo político, que agrega as opiniões, reflexões e sentimentos dos seres acerca da vida, sua fluência e conservação em um sistema de representação direta-objetiva, o V.I.V.A. – Você Inventa e Vota Ativamente, em que as demandas alinham-se organicamente às suas esferas de interesse e os cidadãos da terra acordam-se acerca de seus recursos e suas aplicações e desenvolvimentos – são e exercem em conjunto as funções políticas concernentes a cada comunidade orgânica, biorregião e assim sucessivamente.
A Era Vital não necessita de grandes descrições: trata-se apenas do pulso terrestre sentido atentamente, da cooperação/sinergia entre os seres em espontânea colaboração planetária.

..................................


idade moderna idade vital
paradigma filosófico moderno vital
modelo social sócio-democrata biofluxo
modelo econômico capitalista harmônico
modelo político representação
mediada-figurativa representação direta-objetiva
(v.i.v.a.)





..................................






...............................................................................................
Message from six to nine and tree.
And all pieces of earth spinning around the empty were asking their selves what we are doing in the middle these flow? Lights or kinetic energy in fluxus ad infinitum? Do we have a chance of being happy?
Potentialities are many, the world is fire in the inside with rocks navigating on it. And water inside the rocks. And air inside the water, and water, air and rocks inside of us. Dimensions there are eleven, twelve and … their infinite successions.
{Thus, us , house. Use. Deconstruction is intangible since when I was a fairy in the |farworld| or far beyond. Escapes are much and the most description vain and failed to see it all as a whole or holiness. Nest. Next. Extended vision abilities}
Suddenly we went out of these boundaries and finally meet ourselves.
The so feared desert and waterless days of radiation and cold or cataclysm fears were gone and the very words to describe them were also gone.
One of these days all beings from earth promoted el great cambio. Once these happened, much of human beings went out and screamed strange new noises-voices. Freeing all beings-lives from slavery, torture and prison everyone could at last enjoy happiness and taste the ‘sorrowless’ experience.
They are really ineffable, these days. Can you hear them already? All life free singing their freedom as sincere they can. Reason-less or finding out a new bright one: connected with the stars, planets, gravity, present sensations. A sensitive-body-reason-feeling. Voices united made a great sea of nice waves around the globe. So we planted in every city fruits and vegetables and teas and whatever else everyone may need in all streets. Our paths are now connected in eternal trains of light, in the major lines, and multiple ways of transport in medium e small lines. Like these we interconnect all world in a system of mutual help. Food is around and there are no hungry. Everyone does what is passionate to do so we together can generate a marvelous paradigm shift: from a competition system to cooperation one. (: … excerpts from Bioflow: the book of all colors | Gaia auto-generated message… :)
direct from moon and throw the sun, muluc bolon.

..................................................................................

Multidimensional thoughts are impressive parts of us
Anima, animae.
Animated by what kind of animas are we?
Who approaches in the fair horizon is fair enough? Can I be attempt to myself? Can I love myself and doing so, in the bliss of forgiveness, Can I hear the true love that pronounces its words in a soft and decided way? Please come along. You’re a treasure; don’t expend yourself with fake poisons of fear, hate and doubt. Nature is what you’re since the very beginning until the endless days that succeed. These can complete you in a generous way, make your life worth valuing life, not things. Lives are most important than things, we all know that, but – can we practice these in our days on Earth? Any kind of disagreements that we may have – think now - are they really something? Or we can’t just let it all pass and cooperate? In the source, we found the tree forgives: ask for, forgive and forgive yourself. These may not be all, but surely is a great beginning to a peaceful existence. Billions of people, cooperating, loving each other and the sunrise, in joy, will bring the Gardens back on Earth. Yes we’ve fruits, and cereals, and medicines